Como se livrar da ansiedade?

A ansiedade é definida como característica biológica de todos os seres humanos, a qual antecede situações de perigo real ou imaginário, além de conferir ao corpo, fisiologicamente, sensações que podem ser avaliadas como ameaçadoras e desagradáveis para o indivíduo (paciente). 

sintomas de ansiedade 

Alguns sintomas  pode ser o medo e preocupação excessiva , Irritabilidade , Formigamento , Desânimo, desinteresse ,alterações no sono entre outros.

Ninguém vive sem a ansiedade- e embora a afirmação pareça muito forte, o fato é que ela tem origem nos medos mais característicos da biologia humana, justamente com o intuito de preservar as pessoas do perigo e do risco. Logo, a ansiedade é necessária para a nossa vida, porém, existe a ansiedade patológica, que necessita de assistência profissional, psicológica, eventualmente, medicamentosa.

 O transtorno da ansiedade pode ser apresentado em seis categorias diferentes, embora essa apresentação dos transtornos seja uma das mais simples possíveis, assumindo que toda manifestação é uma disorder (do inglês, transtorno) e, portanto, uma doença a ser tratada. 

Todavia, a ansiedade, per se, também é sintomática de muitas patologias, sejam elas com origem na mente, no corpo ou em ambos, isto é, psicológicas, fisiológicas ou no organismo como um todo. Esse texto é apenas introdutório e mais postagens e vídeos devem ser feitos, em breve, para abordar com simplicidade um tema tão complexo e presente na vida de milhões de pessoas, principalmente nos países mais industrializados e urbanizados. 

Portanto, existe uma complexidade inerente ao tema. A ansiedade pode ser ao mesmo tempo: (i) uma simples característica de todo ser humano; (ii) um sintoma de uma ou mais doenças a serem diagnosticadas; e (iii), a própria patologia ou transtorno mental em si – e, nesse texto, veremos seis casos típicos do terceiro ponto, quando a ansiedade é o próprio transtorno, e não mera característica humana (aliás, muito importante) nem sintoma de outra doença. 

Primeiro. O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é caracterizado por preocupações intensas, excessivas, crônicas, obviamente incontroláveis e, sobretudo, contínuas. O transtorno tem por característica predominante a sensação de angústia, inquietação, irritabilidade, tensão incompatível com os desafios cotidianos do paciente, além de favorecer o desenvolvimento de doenças diversas, devido às oscilações no sistema imunológico, cardiovascular e digestório – conforme abordado mais adiante -, dentre outros impactos.   

Segundo. O transtorno de pânico, sindrome do pânico, tem como características principais as experiências abruptas (sem sinais prévios) de intenso medo, desconforto, acompanhados por uma série de sintomas físicos, tais como: tonturas, taquicardia, náuseas e sudorese nas mãos – embora a ausência de um ou mais sintomas não descaracterize o transtorno. Ademais, o transtorno é comumente conhecido pelos seus “ataques”, isto é, manifestações inesperadas e abruptas que podem acontecer com ou sem motivação específica, por exemplo, reunião de trabalho com os demais colaboradores da empresa. Vale informar, também, que os seus sintomas podem ser semelhantes à  agorafobia , outro tipo de ansiedade, mas esse é um tema muito específico que, por ora, pode-se deixar para uma próxima postagem no blog. 

Terceiro. No caso da “fobia social”, o indivíduo se sente profundamente ansioso em determinados locais, horários e relações sociais, tais como, por exemplo, na presença de familiares, amigos, colegas, ou sozinho, mas conectado às redes sociais (embora seja muito mais raro). A fobia social é tão extrema que a pessoa não avalia esforços para evitar algumas situações, haja vista que existe um medo enorme da avaliação e julgamento do outro. 

Quarto. As “fobias específicas” são medos não racionais de determinadas situações ou de objetos que interferem no cotidiano. Elas podem não ser formalmente consideradas uma disorder, pelos critérios internacionais de classificação, embora tenham todas as características de uma doença por si mesma. Alguns exemplos de fobias específicas são os medos de aracnídeos (aranhas), répteis (lagartos e serpentes), viagens de avião, incêndios, afogamentos ou de altura. 

Quinto. O transtorno de estresse pós-traumático (Post-traumatic stress disorder), conhecido mundialmente pelo acrônimo (PTSD), consiste numa desordem emocional causada por eventos traumáticos, tais como: agressões físicas, acidentes automobilísticos, estupros e outros crimes, para ficar em poucos exemplos. Nesses casos, o indivíduo assiste sem, necessariamente, ser o protagonista.  Muitas vezes, a vítima fica dormente e permanece cada vez mais angustiada, especialmente quando exposta a qualquer lembrança do evento traumático ou memórias associadas.

 Sexto. O transtorno obsessiva-compulsivo (TOC) tem por características fundamentais os persistentes e recorrentes pensamentos intrusos, certamente indesejáveis, que exigem ações repetitivas, compulsivas, eventualmente ritualizadas para aliviar a ansiedade produzida pela obsessão ou suprimir a mesma por alguns instantes. 

Conclusão.  Os transtornos de ansiedade apresentados anteriormente foram, e ainda são, amplamente estudados e catalogados na literatura especializada. Embora, como apresentado no início, possa haver alguma dificuldade no diagnóstico, justamente por conta da semelhança dos sintomas de cada transtorno, os tratamentos são específicos para cada caso e paciente, sendo que a psicoterapia aliada às práticas da hipnose, quando necessária, tem apresentado resultados satisfatórios. 

Exemplo disso é a redução dos sintomas relatados de “mal estar”, “crises”, “ataques” e diminuição da instabilidade emocional do paciente. Diante do exposto podemos perceber que os transtornos de ansiedade estão mais evidentes no século XXI. Dois motivos em particular destacam-se como causadores em potencial da ansiedade. O primeiro refere-se ao processamento do enorme volume de informações e dados, que diariamente entramos em contato, por diferentes meios de comunicação e interação social. 

O segundo refere-se à maneira como lidamos com as transformações aceleradas, não apenas advindas de grandes fenômenos amplamente conhecidos, como a globalização das últimas décadas, mas também em nossos “pequenos mundos”: as relações de trabalho, a convivência interpessoal, a relação com o espaço urbano e, mais recentemente, a relação com o ambiente digital e virtual para onde toda a sociabilidade começa a ser direcionada – o metaverso. Nesse ponto, vem a pergunta: o que fazer? Penso que devemos nos adaptar às novas realidades sem adoecer. 

Os indivíduos que têm pouca resistência às mudanças ou às frustrações devem procurar a psicoterapia para aprender a lidar com as suas limitações, trazendo sua ansiedade para um nível adequado a sua realidade.

 Muitas vezes, mesmo com a psicoterapia e as práticas de uma vida saudável (alimentação, atividades físicas, sono regular etc), o acompanhamento por um psiquiatra e a utilização de medicamentos prescritos torna-se necessária, até chegarmos no “equilíbrio” possível de cada pessoa.

Agenda uma consulta com o psicólogo para conversar mais sobre a ansiedade e buscar ajuda para reduzir esses sintomas e melhorar a sua vida.